quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

PROFISSIONAL DA EDUCAÇÃO

Profissional da Educação
Em todas as épocas houve uma expectativa social em relação à escola, e ao lermos os pensamentos de homens públicos e intelectuais brasileiros do passado recente ou não, nos surpreendemos com a atualidade de seus dizeres, o que nos leva a crer que a escola raramente atendeu a estas expectativas. E o mais curioso, ainda, é que através dos tempos, a escola se manteve estável em seus conteúdos básicos, na seqüência escolar dividida em anos letivos, na organização das séries escolares anuais como unidades básicas da escola, na estrutura disciplinar e na hierarquia centrada na visão personalista de poder, na organização individual do trabalho de professores/as e em diversos outros aspectos que parecem 'naturais' à instituição escolar.



Ao trazer para a reflexão dos docentes os princípios pedagógicos da interdisciplinaridade e da contextualização, da autonomia, da diversidade e da identidade, previstos nas Diretrizes Curriculares Nacionais, colocamo-los diante de formas diferentes de considerar o conhecimento, a aprendizagem e o ensino. O que fundamenta tais formas são a complexidade genérica do conhecimento humano, a complexidade da realidade(1).

O investimento que um/a professor/a faz (ou deixa de fazer) em relação ao aprimoramento de sua ação docente deriva de uma concepção de formação profissional pessoal produzida por suas experiências em instituições de formação de professores, em cursos de atualização, leituras, convivência com as diferentes linguagens da arte, etc e, principalmente, com sua percepção do papel social da escola e de sua profissão.

É preciso que os/as professor/as reconheçam nas crianças e jovens a capacidade de conhecimento espontâneo, intuitivo, experimental, conhecimento cotidiano, do tipo revelado pelo aluno ou pela aluna que sabe fazer troco, mas não sabe somar os números (Shon, 1992). Significa entender a realidade social ou da natureza em sua complexidade, em seus contextos situacionais e permitir-se a perplexidade e a surpresa diante dos mundos possíveis (Bruner, 1997). É saber que a sua resposta não é a única correta, a única possível(2).

A troca com o saber dos/as alunos/as, repetidamente anunciado nas propostas e fazeres docentes se realiza, na verdade, quando os docentes desenvolvem sua acuidade para descobrir as razões que levam aqueles e aquelas que aprendem, a saber, e dizer certas coisas.

É acolher, ir em direção das crianças e dos adolescentes e caminhar com eles e elas na articulação entre o que sabem pela ação e o saber escolar. É ser um professor que desenvolve a reflexão na ação e sobre a ação docente (Shön, 1992) e, assim, se sentir impelido a sair de seu isolamento e tentar algo novo.

À medida que os professores forem desenvolvendo a capacidade reflexiva no desenvolvimento profissional – daí a necessidade de se dispor a buscar e usufruir as oportunidades de formação contínua, de vivências novas –, na luta pela dignidade social e econômica, no reconhecimento das deficiências científicas e da pobreza conceptual dos programas atuais de formação (Nóvoa, 1992: 23), na admissão da capacidade de reelaboração das propostas ou diretrizes emanadas da política educacional, vão se tornando profissionais, na acepção da palavra, no exercício da profissão docente. E mais, no dizer de Monica Gather Thurler, a escola torna-se uma organização aprendente, de reflexão–ação coletiva.

Para que a escola mude, é necessário que professores e professoras mudem sua forma de ser professor e professora, ao integrar à sua prática docente os resultados de pesquisas nos campos da epistemologia e do currículo, da psicologia e das relações entre ensino-aprendizagem que possibilitam novas formas de conhecimento, ensino e aprendizagem. A expansão do desenvolvimento profissional se realiza a partir do que cada docente já faz, da observação e reflexão sobre sua prática, da troca de experiências das quais possa extrair novos conhecimentos.

Este texto está contido no artigo Profissional da Educação: Modelos e Referências, do terceiro fascículo, entre os seis que acompanham a Série Professor Profissional composta de trinta e seis programas de vídeo de15 a 18 minutos. A Série de vídeos e os fascículos que os acompanham foram produzidos para os professores que participam do Segundo Ciclo de Estudos promovido pela Fundação Darcy Ribeiro em convênio com a Secretaria de Estado de Educação do Rio de Janeiro, durante o ano de 2002.
A Série é dirigida para o professor, como categoria profissional. Trata de como se dá o exercício da profissão, em vários de seus aspectos. Mais é também dirigido para cada um de nós, cidadão brasileiro. Que pensamos e o que esperamos da escola e dos professores e das professoras? Este artigo é a expressão de uma corrente de pensamento. Depois de ler, escreva sua opinião, o que pensa e quais são suas expectativas da escola pública e do professor ou professora.
(1) Sobre tais fundamentos, ver LUCK, Heloísa (2000) Congresso Internacional de Educação / Livro do Congresso. Rio de Janeiro, SME e MORIN, Edgar (1999) A Cabeça bem feita. São Paulo, Cortez.
(2) Sobre essas questões, ver Programas Interdisciplinaridade, Arte e Ciência e Temas Transversais, da Série Professor Profissional (FUNDAR, 2002) e Aprendizagem Significativa, da Série Rede Geral (Secretaria Extraordinária de Programas Especiais, 1994, reeditado pela FUNDAR, em 2001).
(Fundação Darcy Ribeiro)

Link: http://www.fundar.org.br/temas/texto__3.htm - acesso em  27/02/2013 às 13:56

domingo, 24 de fevereiro de 2013

Filme Babel discutido durante formação continuada PJU Marabá


Realizamos durante a formação continuada com educadores do Projovem Urbano Marabá uma reflexão sobre o filme Babel (2007) a partir do pensamento sistêmico, em que os diversos níveis da existência humana estão interconectados. Assistimos o filme previamente à formação, o que facilitou a discussão dos educadores sobre a temática: globalização. Vimos que as circunstâncias apresentadas no filme são analisadas a partir do ponto de vista cultural, político, econômico, familiar, comunicacional e religioso. Tendo como referência os pressupostos do pensamento sistêmico – instabilidade, intersubjetividade e complexidade – detectamos que o roteiro do filme contempla tais pressupostos, já que percebe-se que cada história relatada  conecta-se com as demais, a partir de uma lógica complexa, revelando a transversalidade dos fenômenos e nas situações mais particulares. Constata-se que o ser humano independentemente das suas distâncias geográficas, econômicas, étnicas e sócio-culturais experimenta, ao longo de suas vidas, situações e sentimentos comuns, refletindo aquilo que é próprio da existência humana. O conteúdo de Babel (2007) nos propõe também a inadequação do pensamento linear acerca dos fenômenos humanos, sinalizando uma necessidade real de observar e reconhecer o mundo sistemicamente.
Vale ressaltar aqui que juntamente com esta metodologia de análise do filme, trabalhamos ainda com textos e vídeos, bem como, apresentações em power point, sobre o tema integrador da Unidade Formativa IV: Juventude e Comunicação. Precisamos, desse modo, resgatar a história, ou melhor, todo o contexto histórico em que se deu e se dá o processo de globalização a nível planetário. Utilizamos a obra de Milton Santos "Por uma outra globalização", o vídeo de mesmo nome e o vídeo "A história das coisas". Diversos outros assuntos foram tratados ainda, sobretudo, a questão do letramento: "Como o cérebro funciona no processo de aquisição da leitura e escrita?"; "Práticas de leitura numa escola de assentamento" e "A comunicação curta é a mais forte".
Agradecemos aos educadores e coordenadores pela participação,  interação e valiosas contribuições.
Estaremos juntos neste processo de ensino, aprendizagem e inclusão social de nossos alunos.
Imagem do deserto do México - um dos locais retratados em Babel
Tokio - também retratada em Babel
Marrocos - onde desencadeia o enredo de Babel


San Diego - EUA - um dos quatro locais onde se desenrola o enredo de Babel

RECADO A UM ESTUDANTE

Diga lá, estudante, neste mundo conturbado,
Que caminho vislumbra?
Qual estrada pretende seguir?
Você acaso se imbuiu de pequenas coragens?
É preciso coragem para filtrar desventuras,
Driblar desvios e seguir com os ventos...
Há que se alimentar de horizontes,
Reinventar-se dia a dia,
Plantar ternuras, semear poesia e,
Depois, fio a fio o futuro alinhavar.
Há que se romper o muro da intransigência,
Vencer os abismos da existência...
Se houver quedas, erguer-se e resistir.
Persistência é imprescindível
Para se unir os retalhos do existir.
Há que se ter sede de liberdade,
Contudo faz-se mister reservar espaços
Para a tangível realidade.
Então, caro estudante,
faça mágico o seu tempo de buscas!
Fuja dos descaminhos,
Refaça trajetórias,
Escreva a sua história
Com rasgos de esperança, sabedoria e perseverança.
Atente-se aos desvãos da alma,
Siga com firmeza e calma,
A vida só tem sentido
Quando se trilha caminhos
Com certa convicção.
Portanto, ouse! Prossiga!
Lute com determinação!
Outrossim, o triunfo o espera à frente
Como doce compensação.

Maria da Graça Bergami Gusmão Volta Redonda, RJ

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

PALESTRA SOBRE DST - NÚCLEO PAULO HUMBELINO

 A equipe de educadores do Projovem Urbano Marabá do núcleo Paulo Humbelino organizou uma palestra sobe DSTs para alunos e comunidade local nesta sexta-feira (22/02/2013), convidando como palestrantes o pessoal do Centro Técnico Profissionalizante (CTP). Os técnicos do CTP mostraram, através de slides, imagens de doenças adquiridas através da relação sexual. Levaram réplicas dos órgãos genitais masculino e feminino, ressaltando o uso correto dos preservativos. Ao término da palestra, foram distribuídos ao público presente camisinhas e folders informativos.
Os docentes haviam preparado ainda uma peça teatral com alguns alunos do núcleo, reforçando a necessidade de se utilizar preservativo durante as relações sexuais.
Esta palestra faz parte do projeto de doação de sangue, o qual terá uma outra etapa logo, logo.Parabéns à equipe pelo empenho e compromisso social!







sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

PARABOLICAMARÁ

Estamos nos aproximando da Unidade Formativa IV, temos como tema integrador Juventude e Comunicação, o que nos leva a pensar quantos aspectos permeiam esta temática...certamente, a globalização é  o mais importante fenômeno no que se refere a questão da comunicação, uma vez que globalização é o processo de maior integração entre os diversos países e povos do mundo, por meio da circulação de mercadorias, investimentos financeiros, informações, idéias e pessoas.

As novas possibilidades de comunicação, transporte e fluxos entre os lugares são marcantes para a organização do espaço, do tempo e para os acontecimentos, no mundo de hoje, isto é a globalização.

Esta música de Gilberto Gil "Parabolicamará" vem nos lembrar da importância da comunicação para os seres humanos, já que na antiguidade, não tinha como saber do que se passava com outros povos que viviam em terras distantes. Este fenômeno é muito bem retratado no filme 10.000 a.C., vale a pena conferir. Mas, voltando à música, esta nos mostra como o mundo mudou. Hoje os acontecimentos de todo o planeta estão perto de todos nós, não importa em que lugar estejamos. As distâncias do espaço e tempo se tornam cada vez menores. A Terra ficou pequena.

É isso aí pessoal, veremos mais sobre estes assuntos durante a formação continuada e também em sala de aula.

Até lá!

 

Gilberto Gil

Antes mundo era pequeno
Porque Terra era grande
Hoje mundo é muito grande
Porque Terra é pequena
Do tamanho da antena
Parabolicamará
Ê volta do mundo, camará
Ê, ê, mundo dá volta, camará
Antes longe era distante
Perto só quando dava
Quando muito ali defronte
E o horizonte acabava
Hoje lá trás dos montes
dendê em casa camará
Ê volta do mundo, camará
Ê, ê, mundo dá volta, camará
De jangada leva uma eternidade
De saveiro leva uma encarnação
Pela onda luminosa
Leva o tempo de um raio
Tempo que levava Rosa
Pra aprumar o balaio
Quando sentia
Que o balaio ía escorregar
Ê volta do mundo, camará
Ê, ê, mundo dá volta, camará
Esse tempo nunca passa
Não é de ontem nem de hoje
Mora no som da cabaça
Nem tá preso nem foge
No instante que tange o berimbau
Meu camará
Ê volta do mundo, camará
Ê, ê, mundo dá volta, camará
De jangada leva uma eternidade
De saveiro leva uma encarnação
De avião o tempo de uma saudade
Esse tempo não tem rédea
Vem nas asas do vento
O momento da tragédia
Chico Ferreira e Bento
Só souberam na hora do destino
Apresentar
Ê volta do mundo, camará
Ê, ê, mundo dá volta, camará

Link: http://letras.mus.br/gilberto-gil/46234/ acesso em 15/02/2013 

domingo, 10 de fevereiro de 2013

Romance de Abílio Pacheco


Saudações literárias,
Depois de algumas tentativas, consegui concluir meu primeiro romance que agora está no prelo e terá lançamento em Abril em Marabá e sessões de autógrafo em Bragança e Capanema.
A narrativa em primeira pessoa tem relação com esse pedacinho do espaço social da região Norte e com as questões ligadas a constituição de ‘um’ marabaense em específico diante de um drama pessoal que lhe faz revisar a vida num tempo constelar, não-linear, não necessariamente psicológico, mas “como um andar de bêbado, num compasso de velório”. Some-se a isso a reflexão sobre problemas típicos da região e a peculiar opinião do protagonista sobre a imagem construída sobre a cidade – Marabá “tem histórias que abrindo jornal em qualquer outra cidade, termina perdendo feio”.
Parece que eu simplifiquei demais o enredo, mas é apenas um a maneira de resumi-lo. Com o livro em mãos, você poderá encontrar outros vieses.

Leia o deguste (trecho da narrativa) em: http://abiliopacheco.com.br/2013/02/09/em-desproposito-deguste/ .
Um abraço,
Abilio Pacheco

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

PALESTRA SOBRE DST: NÚCLEO HELOISA DE SOUSA CASTRO

Equipe de educadoras do núcleo Heloisa

Aconteceu na noite deste dia 07 de fevereiro de 2013, uma palestra sobre Doenças Sexualmente Transmissíveis no núcleo Heloisa de Sousa Castro, organizada pelas educadoras do Projovem Urbano. A referida palestra é a primeira de uma série de ações voltadas para o Plano de Ação Comunitária, a idéia é trabalhar questões inerentes à saúde e culminar com a conscientização da comunidade local para a importância da doação de sangue.
O trabalho das educadoras foi louvável: fizeram folders, painéis, informativos, se caracterizaram (vestiram jalecos), prepararam slides, vídeos, enfim, foi bastante completo, muito enriquecedor. A professora Jacirene (PC) foi a palestrante, obtendo sempre o auxílio da professora Nara (ciências da natureza); a educadora Nelba (língua inglesa) também contribuiu com a explanação. Houve um momento bastante inusitado para os alunos, pois a educadora Arenide (QP) fez uma demonstração de como utilizar corretamente uma camisinha, tanto feminina, como masculina. Para tanto, a coordenadora pedagógica do Projovem Urbano, Professora Gelsivan, conseguiu os objetos e camisinhas no CTA (centro de atendimento aos portadores de HIV do município de Marabá), os quais foram bem aproveitados como recurso metodológico pelas educadoras, pois os alunos prestaram atenção e até se divertiram, claro, sem perder o caráter pedagógico, onde o foco é o aprendizado, a consciência crítica do educando.
Toda a equipe está de parabéns, demonstrou grande espírito de equipe, desempenhando cada um, várias funções ao mesmo tempo: Rogeane, operadora de mídias; Queila e Erilva ficaram nos bastidores organizando e cuidando de tudo, enfim, todas trabalharam e se empenharam para realizar um evento de excelência!

Até a próxima pessoal...Bye


Rogeane, Arenide, Nelba, Erilva, Sandra, Gelsivan, Queila, Jacirene

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

MATRÍCULAS ABERTAS PARA O PROJOVEM URBANO, FIQUE LIGADO!

ProJovem Urbano - Matrículas Abertas





As matrículas para o ProJovem Urbano encontram-se abertas.

O ProJovem Urbano começa a matricular novos alunos para o ano de 2013..
Para participar do programa o candidato deve ter entre 18 e 29 anos, saber ler e escrever e não ter concluído o ensino fundamental (8ª série).
O programa, com duração de 18 meses, oferece formação no ensino fundamental, cursos profissionais, aulas de informática e auxílio de R$ 100,00 por mês.
Para fazer a inscrição basta ter em mãos a carteira de identidade ou a certidão de nascimento.
A central de atendimento do ProJovem Urbano é 0800 722 7777 e em Marabá o telefone de contato é (94) 3321-1788

Coordenação Executiva: Claudio Mighel
Coordenação Pedagógica: Professora Gelsivan

Como participar
Quem pode se matricular no ProJovem Urbano?
Jovens entre 18 e 29 anos que sabem ler e escrever e que não concluíram o ensino fundamental (8ª série).
O que o ProJovem Urbano oferece?
Formação no ensino fundamental, cursos profissionais, aulas de informática e auxílio de R$ 100,00 por mês. O Programa tem duração de 18 meses.
Qual a documentação exigida para a matrícula?
Apenas documento de identidade: certidão de nascimento, comprovante de residência e R.G.

Expansão
O Programa vai atender jovens de 18 a 29 anos, oferecendo-lhes a oportunidade de conclusão do ensino fundamental e formação profissional. Para 2013  há 600 vagas para os jovensdo município de Marabá.

NÃO PERCA ESTA OPORTUNIDADE DE CONCLUIR O ENSINO FUNDAMENTAL!

AGUARDAMOS VOCÊ!